Dezembro é um dos meses mais esperados do ano.
Com ele chegam o verão, as férias, o Natal, Ano Novo e o final de mais um ciclo, ou seja, para muitos, é sinônimo de viagens, festas, união e reuniões em família, troca de presentes, e da distribuição de afeto, amor e carinho.
O Impacto da Separação dos Pais na Vida das Crianças
Mas esse cenário, o Impacto da Separação, não se repete em todas as famílias, seja por respeito à religião, por promessa ou opção, consideração à família ou até mesmo por uma imposição ou separação conjugal. Desenvolvimento Infantil.
Esse Impacto da Separação.
Existem casos em que os pais resolvem se divorciar e o que era para ser mais um
mês marcado por amor, carinho, união, cumplicidade e respeito, por exemplo, pode
acabar se transformando em lembranças traumáticas para todos os envolvidos.
Rompimento dos Laços Afetivos
A separação não deve ser sinônimo do rompimento dos laços afetivos criados entre
pais e filhos; pelo contrário, o ideal é que os pais, entendam que mesmo que acabe a
relação entre marido e mulher, isso não deve afetar a ligação deles com as crianças.
Pelo fato de estarem separados é que, tanto o pai quanto a mãe, devem estar ainda
mais atentos às possíveis crises e aos sentimentos de abandono que os filhos possam
vir a apresentar.
Reações das Crianças
As reações das crianças ao Impacto da Separação podem ser as mais variadas possíveis, já que tudo depende da rotina familiar, de como são criadas e da idade que elas tinham na época do divórcio, por exemplo. E como eles não conseguem expressar muito bem os seus
sentimentos, é importante que tenham alguma atividade para conseguir fazer isso,
como desenhar, brincar, ler, praticar esportes, e se for o caso, iniciar uma terapia, por
exemplo.
Aos Três anos de idade – Separação
Crianças de até três anos de idade ainda não têm consciência de que há uma relação
entre o casal. Para elas, só existe o amor, atenção e carinho proporcionado
individualmente por eles.
Na fase de adaptação, pós o Impacto da Separação, que acontece nos primeiros meses de vida, os bebês absorvem tudo o que está ao seu redor, consequentemente, são capazes de perceber quando os pais estão brigando e quando a mãe está triste e/ou abalada emocionalmente, principalmente se ela ainda estiver amamentando.
Logo, os filhos começam a demonstrar, principalmente, sinais de agitação, dores, mal-
estar, febre, têm noites mal dormidas, comportamento irritadiço e sofrem alteração no
apetite.
Até os 6 anos de idade – Separação
Diferentemente dos mais novos, as crianças da faixa etária de três a seis anos, já são
capazes de entender que existe uma relação entre os seus pais. Quando a separação
acontece, eles se sentem culpados, pensam que o pai ou a mãe não os amam, têm
dificuldade para aceitar a notícia, acreditam que falta um pedaço neles, e se sentem
abandonados e traídos.
Sinais mais Comuns
Os sinais mais comuns de que não estão sabendo lidar com o divórcio são:
- o desânimo,
- raiva,
- agressividade,
- angústia,
- birras constantes,
- redução do interesse por
brincadeiras ou para realizar suas atividades rotineiras.
Além disso, eles podem regredir em relação às aquisições já conquistadas, como falar e fazer xixi no banheiro.
Dos 7 anos até a Adolescência – Separação
Dos sete anos até a fase da adolescência, eles já são capazes de compreender os
motivos ou, ao menos, que eles não são a razão do divórcio, mas ainda assim, não
aceitam os fatos e ainda nutrem o desejo de uma possível reconciliação entre os pais.
Nessa fase, eles tendem a fazer muitas perguntas e manifestar a sua tristeza e
descontentamento de forma mais clara e objetiva. Têm dificuldade para dormir,
apresentam irritabilidade, sofrem alterações na alimentação e no comportamento, e
logo se isolam.
No Ambiente Escolar
Na escola, eles começam a dar sinal de agressividade, tanto com os colegas quanto
com os professores, ficam mais agitados, isolados e apresentam queda no
desempenho, por isso é aconselhado que a escola tenha ciência da separação dos
pais de seus alunos, para que consigam dar um suporte às crianças.
Com isso, não existe uma fórmula mágica para lidar com a separação, já que tudo
depende dos fatores citados acima, como idade da criança, rotina e educação familiar
de todos os envolvidos.
Mas o ideal é que cumpram com os seus papéis de pai e de mãe e que entrem em um
acordo e pensem, primeiramente, no bem-estar dos filhos. Devem ser sinceros com
eles, explicar a situação do jeito mais claro possível, deixar claro como serão as visitas
e datas comemorativas, evitar brigas na frente deles e de ficar falando mal um do
outro para as crianças, por exemplo.
Se essa fase é recente para você ou quer melhorar o clima da sua família quanto a
esse assunto, algumas das opções mais saudáveis para os filhos, principalmente
agora, na época do Natal são passar a véspera com um e o dia 25 de Dezembro com o outro, revezar o feriado do Natal e do Ano Novo entre os pais ou alternar os feriados por anos, ou seja, um ano o filho passa o Natal com a mãe e no ano seguinte com o pai, por exemplo.
Isso não vale somente para essa época do ano, mas também para as datas comemorativas de um modo geral (aniversários e feriados), para os dias de visitas, passeios, finais de semana, viagens, dentre outros.
Porém, tudo deve ser acordado previamente, seja de forma judicial ou através de um
acordo amigável entre o casal, e consequentemente, deve ser dito para os filhos de
modo que compreendam como será a nova dinâmica da sua educação.