Inflamação em Células Nervosas pode ser Causa do Autismo, segundo resultados de um estudo realizado em São Paulo. Saiba mais sobre este assunto, com a leitura deste artigo.
O autismo clássico trata-se de um grave transtorno que compromete a fala e a estereotipia – denominação dada aos movimentos realizados de maneira repetitiva, como balançar as mãos, bater os pés ou estalar os dedos – dos pacientes.
Causa do Autismo
Pesquisadores do projeto Fada do Dente – ligado à Universidade de São Paulo (USP) – efetuaram uma descoberta importante relacionada às causas do autismo, através da coleta e análise de dentes de leite doados por famílias de crianças autistas e não-autistas.
Com a coleta dos dentes de leite, foram extraídas e reprogramadas células embrionárias – responsáveis por sustentar os neurônios e filtrar o que chega do sistema sanguíneo até eles.
Através desse estudo, os cientistas verificaram uma inflamação nas células nervosas e concluíram que esta é uma possível causa do autismo.
Inflamação em Células Nervosas pode ser Causa do Autismo – Pesquisa e Reprogramação
Com o material coletado através de doações, os pesquisadores do projeto Fada do Dente simularam uma série de combinações e, através da análise das células dos dentes de leite, identificaram astrócitos inflamados.
Essa inflamação compromete as ações do sistema nervoso e pode ser uma das causas do autismo clássico. Exceto as crianças não-autistas, a pesquisa contou apenas com pacientes diagnosticados com autismo clássico.
Comparados aos neurônios de crianças não-autistas, os neurônios de crianças autistas apresentaram ramificações e maior inatividade.
Tratamento de Pessoas com Autismo Clássico
Exceto as crianças não-autistas, a pesquisa contou apenas com pacientes diagnosticados com autismo clássico. Por isso, não pode-se afirmar assertivamente que todas as variantes do espectro autista apresentam a mesma inflamação.
Entretanto, a recente descoberta do papel do astrócito abre caminho para a realização de novos estudos que investiguem a causa do autismo.
Diante de novos resultados e evidências, os cientistas esperam testar novas medicações e maneiras de elevar a qualidade de vida dos portadores de autismo clássico.