O cinema é um dos principais modos de lazer atualmente, principalmente entre as crianças e suas famílias. A estreia do filme “Os Incríveis 2” foi algo muito esperado para muitas pessoas, devido ao grande sucesso do primeiro filme.
O filme estreou nos Estados Unidos primeiro, e foi lançado no Brasil dia 28 de junho deste ano. Foi grande a repercussão do filme, pois o que foi um espetáculo para alguns, foi uma angústia para outros.
Algumas pessoas que assistiram o esperado filme, revelaram que as luzes e flashes das cenas de ação eram muito fortes, e apresentavam risco de convulsões para as pessoas mais sensíveis, ou as que apresentam Epilepsia.
Isso gerou uma grande movimentação nas redes sociais, até que acabou chamando a atenção da mídia e da própria Disney. A preocupação dos pais de crianças com epilepsia foi grande.
Em diversos momentos, o filme emite cenas com flashes ou luzes fortes e repetitivos, o que pode causar mal estar entre os espectadores, como dor de cabeça, tonturas ou até convulsões, o que gerou muitas críticas e polêmica.
Isso ocorre pois alguns espectadores são mais sensíveis a crises (especialmente crianças, pessoas com fotossensibilidade ocular ou epilepsia). Por esse motivo, a Disney resolveu fazer um comunicado dizendo que o filme poderia causar riscos a essas pessoas.
Esse aviso foi feito após a ocorrência de alguns episódios de convulsão, que ocorreram mais de uma vez, e foram presenciados por várias pessoas.
A Epilepsia infantil é uma doença neurológica crônica, resultante de uma alteração na atividade dos neurônios cerebrais. Seus principais sintomas são perda dos sentidos, convulsões recorrentes, contrações musculares, sudorese excessiva e alterações na boca.
A fotossensibilidade (sensibilidade à luz) é um gatilho que pode desencadear uma crise epiléptica. Há outros fatores que podem levar a pessoa a ter uma crise, como ser exposta a luzes ou flashes muito fortes, mudanças súbitas da intensidade da luz, luzes piscando, ansiedade, estresse, má qualidade do sono, e febre.
Esses efeitos luminosos geram uma excitabilidade muito grande nas células cerebrais, causando essas crises. Há outros objetos que podem provocar as crises nessas crianças, como os videogames, computadores, tablets, celulares, “pisca-pisca” de árvore de natal, padrões brilhantes contrastantes, sirenes, fogos de artifício, entre outros.
Outros casos televisivos ficaram famosos, pois também tiveram esse efeito nas crianças. O mais conhecido ocorreu no Japão, em 1997. O desenho animado “Pokémon” estava sendo exibido, e seus efeitos luminosos resultaram na internação de 729 crianças com sintomas de epilepsia fotossensível.
Isso originou um pânico generalizado, e uma maior preocupação pela indústria de entretenimento digital, devido à grande repercussão desse episódio. Desde então, é comum observar um aviso de alerta nos produtos que podem causar essas crises.
Para a evitar a ocorrência dessas crises em crianças epilépticas ou fotossensíveis, recomenda-se que ela não passe muito tempo em contato com aparelhos eletrônicos (principalmente os que têm tais efeitos luminosos).
This post was last modified on 3 de julho de 2018 23:03
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